domingo, 19 de julho de 2009

Como evitar recair em maus hábitos



“EU VENCI! A luta finalmente está ganha!”





Estas palavras expressam o sentimento de triunfo da pessoa que lutou contra um hábito indesejável e que o superou.

Todavia, para tal pessoa, quão perturbadora poderia ser uma recaída! Quão desapontador é descobrir que o mau hábito, que se cria ter desaparecido para sempre, apresenta uma volta surpreendente e vigorosa!

“Por Que Regredi, Quando o Pior Já Tinha Passado?”
Pareceria que, uma vez a pessoa passasse os estágios iniciais de superação dum mau hábito, evitá-lo se tornaria mais fácil. No entanto, vários estudos apontam que isto, com freqüência, não acontece.

estava lendo No livro (Vigiar a Si Mesmo), os autores explicam: “É mais provável que a recaída aconteça nos primeiros três meses depois do tratamento. Com efeito, certo estudo indica que aproximadamente 66 por cento dos fumantes, alcoólicos e toxicômanos voltam a seu velho comportamento em questão de 90 dias após sua resolução inicial de mudar. No entanto, aqueles que conseguem superar seu vício nos primeiros três a seis meses têm excelente possibilidade de manter tal controle.”

Por que esta reincidência de maus hábitos constitui uma ameaça meses — ou às vezes, anos — depois dum período inicial de abstinência? Um dos motivos é que podem ressurgir certas pressões da vida, e os maus hábitos eram, no passado, uma fonte de certo grau de alívio temporário. Assim, mesmo depois de achar que já superou um hábito indesejável, se ficar sob stress — tal como causado por um revés financeiro, por problemas de saúde, por vários desapontamentos — cuidado com uma recaída! Se estiver entediado ou se sentir solitário, não fique surpreso se seus antigos hábitos tentarem ressurgir.

Outras causas de recaída podem ser as pressões sociais, os conflitos com as pessoas, as emoções negativas e ficar em situações em que a tentação seja forte.

Como Impedir a Recaída
Mesmo depois de um período inicial de combate com êxito a um hábito indesejável, é essencial que persista em utilizar as estratégias que inicialmente o ajudaram a romper tal hábito. Estas estratégias podem ser continuamente utilizadas, ou, em alguns casos, poderá bastar reativá-las de tempos a tempos, como em períodos de stress ou de forte tentação.

Por exemplo, talvez tenha mantido registros para acompanhar seu progresso, tal como aferições diárias ou semanais ao tentar perder peso. Isto é útil para romper um hábito, e não deve ser abandonado, mesmo quando acredita que o maior perigo já passou.

Talvez também dispunha de alguns meios de recompensar-se toda vez que resistia com êxito ao hábito que tentava superar. Um sistema modificado de recompensas pode ser útil em impedir uma recaída. Ou, ao romper tal hábito, solicitou a ajuda de um amigo? Permita que tal pessoa o ajude a manter-se livre de seu antigo mau hábito.
Que outras estratégias o ajudarão a resistir à recaída, especialmente em períodos de pressão?

Resistir por Substituir
O Dr. R. Stuart, diretor de psicologia da (Vigilantes do Peso Internacional, Inc.) recomenda o seguinte para os que se empenham em perder peso: “Mantenha a mente ocupada com uma variedade de atividades que o absorvam. Trabalhos manuais funcionam bem, bem como passatempos. Se possível, tenha à mão os suprimentos e o local de trabalho já preparados, de modo que possa participar em sua atividade a qualquer instante.” Talvez essa técnica possa ajudá-lo.
Sim, substitua seu mau hábito antigo por uma atividade saudável. Lembre-se de que tal hábito provavelmente lhe dava certa medida de alívio quando a vida se tornava estressante; assim, escolha substitutos que efetivamente cumpram o mesmo objetivo. Poderá ler exercitar-se, tocar um instrumento musical, pintar, ou visitar amigos. Comece agora mesmo por fazer uma lista de atividades substitutas em potencial. Dê destaque às que decidir empreender. Exerça essas novas atividades vez após vez, assim como fazia com seu antigo hábito. Isto tornará mais fácil recorrer a elas quando se sentir estressado. Com efeito, estas atividades substitutas se tornarão, em realidade, hábitos — bons hábitos!

A Importância de Combater o Desânimo







Visto que, quando está sob pressão, pode ser especialmente forte a tentação de voltar aos maus hábitos, poderá ajustar algumas das circunstâncias de sua vida para reduzir tal pressão? Mesmo quando certos problemas não podem ser evitados, poderá aprender a controlar suas emoções, de modo a não se sentir sobrepujado pelo desânimo.

Muitas vezes se subestima o poder do desânimo. Diz um provérbio bíblico:

“O espírito do homem pode agüentar a sua enfermidade [física]; mas, quanto ao espírito abatido, quem o pode suportar?” (Provérbios 18:14) Quão verídico isso é! Com freqüência, o que nos debilita não é o problema em si, mas o resultante desânimo

Outro provérbio bíblico se expressa do seguinte modo:

“Mostraste-te desanimado no dia da aflição? Teu poder será escasso.” (Provérbios 24:10) Emoções negativas descontroladas o debilitarão. Elas o tornarão vulnerável à recaída, talvez pressionando-o a voltar a um mau hábito em busca de alívio. Quão vital, então, é combater o desânimo!

Que fazer, porém, se, apesar de seus esforços, ainda verificar que está tendo uma recaída?

Retrocesso Temporário em Contraste com Plena Recaída


Quão fácil é imaginar: ‘Eu fracassei, de modo que é melhor desistir de uma vez.’ Combata tal disposição. Recuse deixar que um retrocesso temporário, ou mesmo vários retrocessos, signifiquem sua derrota.

Considere a seguinte ilustração: Caso estivesse subindo um lanço de escadas e recuasse um ou dois degraus por causa dum tropeço, será que raciocinaria: ‘Simplesmente tenho de voltar ao sopé da escada e começar tudo de novo?’ Certamente que não! Por que, então, aplicaria este falso raciocínio à luta contra os maus hábitos?

Os sentimentos de culpa não raro acompanham um retrocesso. Poderia levar tais sentimentos ao extremo por concluir que não tem valor algum, que é uma pessoa de caráter fraco e que não merece nada de bom. Não se deixe dominar por tal sentimento exagerado de culpa. Este minará as forças de que necessita para reiniciar a batalha. E, lembre-se bem disto:

O maior homem que já pisou na terra, Jesus Cristo, veio para redimir pecadores e não pessoas perfeitas. Assim, nenhum de nós fará as coisas com perfeição, nos tempos atuais.





Outro ponto a considerar é que a culpa pode ser um escape conveniente para nos permitir fazer a mesma coisa outra vez. Em seu livro (Não Se Permita um Pensamento Negativo), o autor explicam esta possível conseqüência: “O sentimento de culpa. . . nos permite fazê-lo de novo. Quando já ‘pagamos o preço’ pelo nosso ‘crime’, ficamos livres para praticá-lo de novo, conquanto estejamos dispostos a pagar o preço. Que preço? Mais sentimentos de culpa.”

Não precisa permitir que um retrocesso temporário se transforme numa avalancha de recaídas. Tenha presente que, por fim, vencer o hábito é o que conta, e não se você teve algumas regressões pelo caminho.
Neste respeito, é sábio decidir de antemão que estratégia utilizará, caso se veja retornando ao seu velho hábito. Tal plano de apoio o equipará para combater a regressão no primeiro momento em que ela ocorra.

É Possível — E Vale a pena!
A luta contra um mau hábito, então, vai além de se suportar o período inicial de dolorosos sintomas de abstinência. Envolve suportar desapontamentos sem voltar de forma permanente ao velho hábito.
É difícil? É, sim, mas é inteiramente possível. Se for mantida a estratégia que inicialmente o ajudou a romper tal hábito, ela o ajudará a evitar ou a superar recaídas. Qual o maior benefício disso? O respeito próprio uma recompensa que, já em si, vale a pena. E, provavelmente, você também gozará de maior estima da parte dos que o conhecem.

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