domingo, 23 de agosto de 2009

"terrível lógica do não perdão"

Quero aqui hoje tratar sobre o perdao, sim o perdao todos nos conhecemos esta palavra e aparentemente sabemos o que siguinifica, mais sera mesmoo que sabemos o que e perdoar?

quero primeiro contar aqui sobre uma cidade que viveu momentos de caos, momentos terriveis de guerra, nao devemos nos prender so sobre o que de ruim acontece ao nosso lado, ate para que nao fiquemos egoistas, achando que; resolvendo as coisas do nosso lado o mundo ja esta em paz, vejamos o que aconteceu nesta cidade depois quero voltar a falar sobre o que realmente siguinifica a palavra perdao.

No inverno de 1994, Sarajevo se transformou num local fora do comum. Um lugar onde um violoncelista de renome mundial tocou nas ruínas da Biblioteca Nacional, onde um candidato às Olimpíadas praticava suas corridas no corredor bombardeado de um escritório da cidade, único lugar onde estava a salvo dos franco-atiradores.

veja as fotos tiradas por um fotografo profissional




















Um lugar onde ir à loja da esquina para comprar um litro de leite se tornou uma corrida contra a morte e contra as balas. Essas pessoas foram mantidas vivas com arroz e feijão jogados por aviões. As porções nunca eram suficientes. Bombas caíram em frente aos escritórios da Cruz Vermelha, e franco-atiradores matavam mesmo aqueles que estavam enterrando seus mortos.

Apenas algumas crianças em estado muito grave puderam furar o cerco e receber tratamento. O mundo parecia paralisado por tudo aquilo. Alguns anos antes, Sarajevo tinha sediado as Olimpíadas de inverno. Foi uma cidade linda e culta, onde as artes floresciam.
vejas as fotos





O que aconteceu?

Por que, o lugar onde um dia foi a Iugoslávia, desmoronou para esse estado de cáos? Sabe, amigo, sempre apreciei a mistura de culturas entre as pessoas, seu calor humano e amabilidade. Mas qual é a história? O que está por trás de tudo? Por que tanto sangue?

As forças Sérvias que cercaram Sarajevo, jogando bombas na rua entraram, sem dúvida, em nossa lista dos piores vilões. Os sérvios foram justamente condenados por sua atrocidade e sua horrível política de "limpeza étnica." Mas você sabia que essas pessoas, os sérvios, estavam simplesmente seguindo aquilo que Philip Yancey chama de a "terrível lógica do não perdão"?

Numa edição recente da revista Cristianismo Hoje, Yancey escreveu um artigo em que dizia serem os próprios sérvios as vítimas de limpeza étnica não faz muito tempo. Nos anos 40, os croatas massacraram centenas de milhares de sérvios. Portanto, nos anos 90, os sérvios estão pagando seus inimigos com a mesma moeda. É o seu clamor por vingança contra os croatas que chegou às ruas sangrentas de Sarajevo.

Quando ouvimos sobre outra atrocidade sérvia, contra os muçulmanos, nos esquecemos da "terrível lógica do não-perdão". A última guerra que os sérvios travaram contra os muçulmanos levou a 500 anos de governo turco. Assim, os sérvios tinham muitas contas a acertar; séculos de opressão muçulmana.

As ruas de Sarajevo se encheram com o clamor de mulheres e crianças moribundas por causa da "lógica do não perdão":





Cada atrocidade deve ser paga com outra atrocidade. E se essa lei for seguida, um dia os filhos daquelas que foram violentadas e mutiladas pelos sérvios se levantarão e se tornarão novos vingadores. O ciclo não acabará nunca, a menos que um novo elemento seja introduzido.

Por que os protestantes e católicos da Irlanda do Norte continuam se matando uns aos outros, ano após ano?

Porque estão seguindo a "lógica do não perdão"; eles precisam continuar a vingança. Por que judeus e árabes do Oriente Médio continuam se matando por tanto tempo? Porque cada atrocidade deve ser paga com outra atrocidade. A única coisa que pode quebrar este terrível ciclo é estender a mão àqueles que nos magoam.

A única vez que vimos esperança de paz no oriente médio foi quando o chefe da OLP, Yasser Arafat, e o primeiro ministro israelense Yitzhak Rabin apertaram as mãos jurando parar com os acertos de contas do passado, e começar de novo.

Isso tem a ver com perdão. O perdão é mais importante do que você imagina, amigo. Não é apenas um sentimento bom que colocamos em cartões. Não é apenas uma palavra que repetimos na Nossa Religiao. É uma das poucas forças capazes de mudar o curso da história. É a única coisa que pode romper o longo cerco de ódio e vingança. É a única coisa que pode acabar com o cerco ao seu próprio coração.

Quando você vai comprar leite na esquina, talvez não tenha que se proteger de tiros. Quando vai para o trabalho provavelmente não tem que se preocupar com morteiros sendo jogados na rua. Mas imagino que, às vezes, você se sente trapaceado e oprimido pelas maldades que outros lhe fizeram. Você foi magoado. A vida não tem sido justa e se essas feridas são profundas, podem ser tão opressivas quanto o barulho da artilharia sérvia ao redor da cidade

Em alguns casos, essas mágoas e cicatrizes roubam todo o prazer de viver. Vamos tentar esclarecer que tipos de coisas podem nos atingir emocionalmente.

Não estou falando de uma pequena ofensa que você pode superar com um "tudo bem, vamos esquecer isso". Estou falando de alguém que magoou você de verdade.

Não estou falando de uma pequena ofensa que você pode superar com um "tudo bem, vamos esquecer isso". Estou falando de alguém que magoou você de verdade.

Como pode alguém, que foi abusado ou molestado quando criança, perdoar seu algoz?

Como pode uma esposa, que deu ao marido os melhores anos de sua vida, perdoá-lo depois que este a abandonou?

Você entende a questão? Perdoar genuinamente alguém que nos magoou muito, não é fácil. Aliás, fazê-lo parece tremendamente injusto. É a última coisa que gostaríamos de fazer. Parece que vai contra todos os instintos humanos. Mas a alternativa é ainda mais terrível. A alternativa é um coração constantemente oprimido. Quando somos magoados podemos passar por um período de tristeza no início. Mas se não encontrarmos uma forma de perdoar, então a ferida vai inflamar; vai oprimir. Estaremos sempre presos pelo mal que nos foi feito da mesma forma como os habitantes de Sarajevo estiveram cercados pelo ódio dos sérvios. Este, então, é o nosso dilema.

Humanamente falando, o perdão genuíno é impossível. No entanto, se não perdoarmos, será cada vez mais impossível viver. Há alguma maneira de livrar nosso coração dessa opressão? Deixa eu te contar uma historia que li certa vez, uma historia real.

depois que o filho de Elizabeth e Franco Morris foi morto numa colisão com um motorista bêbado, os dois foram consumidos pela tristeza e ira. Sua raiva apenas crescia à medida que acompanhavam o julgamento de um jovem, chamado Antônio, acusado de tirar a vida de seu filho. Eles descobriram como ele havia se embebedado naquela noite. Entrou no carro, deu uma guinada na estrada e colidiu de frente com o veículo de Ted. Como pôde fazer uma coisas dessas? Era tão injusto, tão terrivelmente injusto!! Franco Morris ficou obcecado com cada detalhe dos procedimentos legais, vivendo à espera do dia em que Antônio seria declarado culpado.

E Elizabeth, quando não estava pensando em suicídio, imaginava poder apertar o botão da cadeira elétrica no dia da execução. Ela queria a morte daquele jovem. O tormento desse casal não terminou com a condenação de Antônio à prisão. Eles se consideravam cristãos, mas ficaram chocados com o tamanho de seu ódio.

Elizabeth começou a orar por uma saída. Um dia, ela ouviu Antônio falar na escola de Ted, como parte de sua reabilitação. Ele parecia genuinamente arrependido e Elizabeth reuniu coragem suficiente para falar com ele depois. Foi muito difícil, houve muito choro. Mas quando ela descobriu que ninguém o visitava na prisão, decidiu ir visitá-lo. A visita começou com alguns minutos de conversa tensa. Então, Antônio deixou escapar abruptamente: "Senhora Morris, sinto muito ter matado seu garoto. Por favor, perdoe-me." Elizabeth congelou enquanto olhava para o assassino de seu filho. Ela queria se livrar de toda a raiva e dor. Mas todos os instintos humanos clamavam: Vingança! Vingança! Vingança! Naquele momento, no entanto, algo aconteceu que a levou além da "lógica do não-perdão".

Ela ouviu as palavras que um homem tinha dito na estaca. Pareciam estar ecoando à sua volta: "Pai, perdoa-os... Pai, perdoa-os."


Você sabe por quem Jesus orou, “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34)? Em quem Ele estava pensando ou se referindo? A quem levava Ele em Seu coração?
Certamente que os soldados que executaram a Cristo na estaca não sabiam o que estavam fazendo. Esta não passava de uma das centenas de morte na estaca daquele ano. Eles não compreendiam que estavam pregando o corpo do Filho de Deus naquela estaca. Estavam participando do sacrifício universal pelos pecados do mundo todo. Se soubessem quem se encontrava naquela estaca, teriam tremido e fugido apavorados.
Que dizer de Pilatos e dos dirigentes judaicos? Sabiam eles o que estavam fazendo? Pilatos desconfiava… sua mulher parecia saber, e tinha medo. Seria a ignorância uma boa desculpa para os guias de Israel? Se cressem realmente que Jesus era o verdadeiro Filho de Deus, que teriam feito? Ah, aí está a questão. Teriam de renunciar a seu orgulho e segui-Lo.
Estava Jesus orando por seus discípulos e seguidores? Alguns haviam fugido. Judas o traiu; Pedro o negou. Os outros nada podiam fazer por causa do seu grande pesar. Não haviam eles ouvido Jesus falar do propósito de Sua morte? Pensavam eles que o fim havia chegado?
Jesus orou por todas as pessoas. Não temos desculpas. Sabemos quem Ele é e o que fez por nós, e ainda o matamos de novo muitas vezes todos os dias. Ele faz essa oração pedindo perdão em todas as circunstâncias, mesmo quando sabemos muito bem o que estamos fazendo.
Quando essa tremenda verdade nos apanha, tem cura a causa do motivo por que fazemos coisas que frustram seu propósito. O conhecimento do perdão, antes mesmo de o pedirmos, liberta-nos da necessidade de executar a coisa mesmo para a qual precisaremos de perdão.  O Senhor nos perdoa mesmo quando sabemos o que estamos fazendo!


Bem voltando a historia De repente ela pôde perdoar, porque ela fora perdoada. Elizabeth orou silenciosamente: "Querido Deus, perdeste Teu único Filho também. No entanto perdoaste aqueles que O mataram." Elizabeth Morris perdoou Antônio, sinceramente, e pediu o perdão de Antônio pelo ódio que nutriu durante meses.

Veja como Elizabeth descreveu a experiência: "Lá estávamos, o motorista bêbado e a mãe daquele que morreu, sentindo a angústia começar a passar. Estávamos livres. Nós dois." Para Elizabeth Morris, o cerco finalmente chegara ao fim. Ela estava livre. Livre para viver de novo.

Amigo, há só uma razão para fazer o humanamente impossível. Apenas uma razão nos possibilita perdoar aqueles que nos magoaram: a razão é que nós já fomos perdoados antes. Só quando entendermos o quanto Deus nos perdoou, teremos forças para perdoar aqueles que não merecem perdão.

Talvez você esteja pensando: este é o perdão de Deus e Seu perdão é algo remoto e abstrato. É intangível, algo que paira na distância, comparado à minha dor.
Quando alguém me faz algum mal, a dor é tão real e está tão presente! Eu admito que o perdão de Deus pode parecer uma mão perdoadora estendida sobre o mundo em geral. E nossa dor parece muito, muito específica, muito pessoal.

Quero partilhar com você um princípio muito importante relacionado com o perdão divino. É algo que tornou tudo muito mais real para mim. Em 1985, o Presidente Ronald Reagan visitou um cemitério militar em Bitburg, Alemanha e depositou uma coroa num monumento local.



 Ele pretendia que isso fosse um sinal de reconciliação; uma maneira de finalmente dizer adeus às lembranças dolorosas da segunda guerra mundial. Mas aquela coroa causou comoção internacional. Por quê? Porque 49 soldados da SS foram enterrados em Bitburg. Soldados de Hitler que foram responsáveis por muitas atrocidades contra os judeus.

O gesto de reconciliação foi bom, as pessoas disseram. Mas o Presidente Reagan não tinha o direito de perdoar algo que tinha sido feito contra os judeus. Apenas os judeus poderiam fazer isso.

Como escreveu o poeta John Dryden, certa vez: "O perdão aos feridos pertence." Apenas os feridos têm o direito de perdoar. O ensaísta Lance Morrow explicou da seguinte forma: "O Presidente Reagan poderia ter perdoado John Hinckley por ter atirado nele, mas não poderia perdoar Ali Agca por ter atirado no Papa João Paulo II. Somente o Papa poderia fazê-lo." Aliás, foi isso mesmo que o Papa fez. Pouco depois do ferimento em seu abdômem ter sarado, João Paulo desceu ao interior da prisão de Ali Agca. Ele disse que precisava falar com seu quase assassino, face a face. E disse a Ali Agca: "Eu te perdôo.

" "O perdão aos feridos pertence." Você sabe por que cristo tem o direito de perdoá-lo pessoalmente? Porque ele foi ferido. Foi terrivelmente magoado. Ele não perdoa de uma distância impessoal ou judicial. Ele perdoa com as costas apoiadas numa estaca; perdoa enquanto um soldado romano está perfurando suas mãos com cravos. Ele, perdoa quando uma coroa de espinhos é colocada em Sua cabeça, e o sangue lhe escorre pela face. Ele perdoa quando uma lança atravessa Seu corpo fazendo um ferimento que jorra sangue. Ele perdoa quando pessoas Lhe dão as costas, quando Pedro O nega, quando Judas O trai, quando os judeus O rejeitam, quando os soldados jogam dados ao pé da estaca. Ele os perdoa.

"O perdão aos feridos pertence." Você se lembra das seguintes palavras do profeta Isaías? Palavras que jorram amor, que ecoam a voz de um Deus que perdoa aqueles que o magoaram. Isaías 53 verso 5: 5 Mas ele estava sendo traspassado pela nossa transgressão; estava sendo esmigalhado pelos nossos erros. O castigo intencionado para a nossa paz estava sobre ele, e por causa das suas feridas tem havido cura para nós.

O que significa Jesus ter tomado nossos pecados na estaca? Foi apenas um gesto de cortesia? Foi apenas como colocar uma coroa de flores dizendo: "vou fingir que nunca aconteceu?" Não! De maneira alguma, amigos. Jesus foi moído pelo pecado, foi pendurado em agonia entre o céu e a terra, comoum perigoso ladrão por causa de nossas falhas morais.

"O perdão aos feridos pertence." O que a estaca significa é que Cristo foi profundamente ferido por nossos pecados pessoais. É algo pessoal, entre Cristo e eu, entre Cristo e você. Nossa indiferença, nossa insensibilidade, nossa desonestidade, nossa luxúria, nossa mentira, nossa crueldade Ele tomou sobre si. Ele tomou a dor, todo o desespero, todo o mal, toda a agonia, toda a tristeza. Tomou sobre Si tudo que o pecado produz. É por isso que Jesus, e apenas Jesus, tem o direito de nos perdoar. Porque Ele sentiu dor e sofreu por nossos pecados. Ele sentiu toda a crueldade e nos perdoou completamente.

Aquele que foi ferido mais profundamente, perdoa de maneira mais completa. É isso que precisamos aceitar de coração. Você percebe o quanto necessita de perdão? Você se dá conta do quanto custa o perdão? Jesus certa vez explicou isso numa parábola.

assista aqui em video.



Um rei tinha decidido acertar suas contas e chamou um servo da corte, talvez você se lembre da parábola. Esse servo devia dez mil talentos ao rei, uma soma muito alta. E foi-lhe dito que era a hora de pagar. O servo caiu sobre os joelhos e implorou misericórdia. O rei ficou tão comovido com os rogos do homem, que não somente o libertou, mas quitou a dívida. Ele mesmo pagaria os dez mil talentos. Bom, você pode estar se perguntando o que são dez mil talentos. Um talento era uma moeda usada no antigo Israel. Dez mil talentos seriam equivalentes não a mil reais, não a cem mil reais, mas a milhões de reais. E aquele que devia o dinheiro foi perdoado de uma dívida de milhões.

Como você se sentiria? Você pularia de alegria. Mas o que fez aquele servo? Ele procurou um colega que lhe devia cem denários. Cem denários, pouca coisa, o equivalente a algumas centenas de reais, centavos comparados aos milhões. Ele pegou o homem pelo pescoço e exigiu o pagamento de tudo, imediatamente! Quando seu colega implorou misericórdia, ele mandou que o prendessem na cadeia dos devedores.

Por que Jesus contou essa história ultrajante? Para dar um exemplo de perdão. Como podemos nos apegar àqueles 100 denários de dívida, daquele mal que nos foi feito, quando Deus nos isenta de pagar dez mil talentos, nossa dívida de milhões de reais, do mal que fizemos ao Seu filho amado?

Será que custa perdoar o cônjuge que nos abandona? Claro que sim. Custa alguma coisa perdoar o pai que abusou de nós, ou o amigo infiel? Custa muito. O perdão não é algo fácil, certamente não custa pouco. O perdão de Cristo, porém, custou muito mais. Foi ainda mais doloroso. Foi um sacrifício muito maior. E é isso que nos pode dar a força de romper o cerco aos nossos corações; o custoso perdão de Cristo. Isto pode nos ajudar a nos livrar da mágoa. Paulo nos recomenda em Efésios 4:32: 32 Mas, tornai-vos benignos uns para com os outros, ternamente compassivos, perdoando-vos liberalmente uns aos outros, assim como também Deus vos perdoou liberalmente por Cristo.

Quero contar-lhes o que aconteceu a Elizabeth Morris, depois que ela descobriu o perdão de Cristo para o motorista bêbado que havia matado seu filho. Ela continuou a visitar Antônio na prisão e começou a fazer parte de sua reabilitação, convencendo aquele jovem de que Deus poderia ajudá-lo a livrar-se de sua dependência do álcool. Antônio começou também um curso de estudo da Bíblia. Um dia Franco Morris teve que levar Antônio a um programa de mães em luta contra a bebida. Franco não tinha certeza de que conseguiria manter uma conversa com o garoto, mas à medida que dirigia, Antônio falava entusiasmado de todas as coisas que estava aprendendo na Bíblia. Ficou claro que ele tinha feito um compromisso genuíno com Cristo. De repente Antônio disse: "sabe, Franco, eu gostaria de ser batizado."

Franco não pôde deixar de lembrar que havia realizado a mesma cerimônia com Ted, o filho que se fora, o filho que Antônio havia destruído. Depois que Antônio saiu da água ele abraçou Franco Morris, e sem se conter exclamou: "por favor, eu quero que você também me perdoe." Ainda pingando água do batismo, Franco sentiu o perdão de Cristo fluindo através dele quando sussurrou: "eu te perdôo, Antônio eu te perdôo." As chances de completa reabilitação não eram muito boas para Antônio, pelo menos do ponto de vista humano. Ele tinha as cicatrizes psicológicas de ter crescido numa família problemática. Ele era viciado em álcool desde a idade de 16 anos. Mas Antônio venceu todas as barreiras. Livrou-se do vício para sempre. Achou um emprego estável e desenvolveu um senso de utilidade ao servir a Deus. Por quê? Em grande parte porque ele achou em Elizabeth e Franco Morris os pais que nunca tivera. Porque Elizabeth continuou a visitá-lo diariamente. Porque eles pediram que o juiz deixasse Antônio passar todos os domingos sob sua custódia. Porque ele começou a comer, orar e estudar com Elizabeth e Franco. Porque Franco pediu que o ajudasse com algum trabalho no quintal da casa. Esse casal aflito encontrou um filho de novo. Um filho em quem todos os instintos humanos haviam depositado seu ódio antes.

Será que custa perdoar? Claro que sim. Mas vale a pena? Pergunte a Elizabeth e Franco Morris. Alguém fez algum mal a você?
Há amargura em seu coração em relação a essa pessoa? Você ainda está dizendo algo como: "não é justo! Meu pai era um alcoólatra"! "Não é justo que minha mãe tenha me abandonado?" Amigo, você pode se apegar à dor, ou pode livrar-se dela. Você pode deixá-la na estaca, no perdão de Jesus Cristo. Você pode escapar da terrível "lógica do não-perdão" ao vir até a estaca Na estaca, você encontra perdão, portanto você pode perdoar. Na estaca você encontra misericórdia, por isso pode ser misericordioso. As pessoas precisam de Deus. Preciso Dele se é Ele quem me perdoa. Preciso que Ele quebre meu duro coração. Necessito Dele para me libertar da amargura. O perdão pode acontecer porque a estaca aconteceu. É lá que precisa começar. É o único lugar onde pode começar. Você nunca será capaz de perdoar genuinamente enquanto não descobrir o quanto foi perdoado. Olhe para a dívida de 10 mil talentos agora. Sinta esse peso em suas mãos. Toda a dor, toda a raiva, todo o desespero;
tudo isso recaiu sobre os ombros de Cristo na sua morte. Deixe tudo de lado, amigo. E sinta-se agradecido por isso. Aceite o perdão de Cristo agora

Um comentário:

Unknown disse...

Olha...sinceramente fiquei com muita pena do rapaz que morreu. E a família ganhou outro filho (o assassino) e foram felizes para sempre. Se eles amassem realmente o filho, podiam até perdoar, mas sem muitas amizades, pelo menos pela memória do filho. Acho até que foi a maior sorte ele ter matado o outro, ganhou uma família. Ganhou um prêmio. E o outro ó... tadinho está dormindo até agora, sem vida.