quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Pessoas comuns com esperanças comuns

Eu quando resolvi escrever este blog e minha pagina na internet, eu sempre quis desta forma expor minha vontade de descobrir a verdade, sempre quis buscar aquilo que  e eterno para que minha vida não fosse só uma viagem passageira e que com tempo ficasse ou não na memória para isso eu quis também que minha vida fosse significativa e assim eu busquei estudar a vida de pessoas que lutaram por ideais que se agarraram nas suas convicções e princípios estabelecidos na verdade

    Quando você ouve as histórias de grandes mártires cristãos, você se pergunta: "Que tipo de pessoas era estes heróis?" O que habilita pessoas a oferecer-se sem reservas por suas convicções? Como seres humanos vulneráveis podem enfrentar as chamas do fogo? Que tipo de fé precisa possuir?

Estamos a ponto de embarcar numa inesquecível viagem de descoberta. Quase todos nós já passamos por momentos na vida, em que as crenças que mais acalentamos são ameaçadas, momentos em que tudo que nos é mais caro, é abalado. Vivemos períodos de crise, passamos por tragédias, às vezes sentimos o pesado fardo das pressões. Às vezes é difícil manter a fé.

Temos que enfrentar uma importante questão: por acaso existe uma fé inabalável?

E, se existe como saber se a tem? O que possibilita a uma pessoa continuar firme durante os piores momentos? O que habilita uma pessoa a manter sua integridade sob pressão?

Esta postagem que faço baseado em estudo responderá a estas questões. Gostaríamos de examinar a "fé inabalável" e descobrir como se desenvolve. Vamos analisar a vida de pessoas que demonstraram este tipo de coragem e descobrir o que fez a diferença.

Nossa busca inicia-se na cidade de Amsterdã, na Holanda. Porque aqui encontramos alguns dos exemplos mais notáveis de indivíduos que permaneceram verdadeiros a seus princípios e a Deus durante os piores momentos.

Amsterdã orgulha-se de uma antiga tradição de liberdade e tolerância. No centro da cidade, um poeta holandês do século XVII escreveu a seguinte frase sobre a esperança de liberdade: "Que esta liberdade, como um sol, possa brilhar sobre todos os homens." Muitos grupos que fugiam de perseguição religiosa encontraram refúgio e aceitação nessa terra de tulipas e moinhos. Mas nem sempre foi assim. Amsterdã tornou-se um bastião da liberdade de consciência apenas após período de terríveis lutas.

O sangue de mártires já correu por estas ruas. Algumas das pessoas mais bondosas e amorosas que já viveram neste planeta foram queimadas vivas nessa cidade. Talvez o incrível espírito desses mártires seja uma das razões por que esta cidade tenha se tornado um baluarte de tolerância.

Os cidadãos de Amsterdã decidiram que tais horrores nunca, jamais aconteceriam de novo. A tragédia aconteceu entre 1560 e 1570, há cerca de 400 anos.

A Holanda era dominada pela Espanha. As pessoas que morreram aqui eram quase todas anabatistas - cristãos fiéis, que criam na Bíblia. Para seu infortúnio, estavam muito adiante de seu tempo nas reformas religiosas. Eles defenderam crenças protestantes que só seriam amplamente aceitas séculos mais tarde.

Em Amsterdã os anabatistas foram os precursores dos puritanos ingleses que para lá fugiram por causa das perseguições. Os peregrinos fizeram um culto em Amsterdã e depois velejaram para o novo mundo num veleiro. Nos Estados Unidos, fundaram a Colônia de Plymouth. Em que acreditavam eles?

Bem, foram os primeiros a insistir na separação entre igreja e estado. Eles não queriam confiar em nenhum poder civil para a realização de reformas religiosas. Para eles, a Bíblia era a única autoridade. Enfatizavam o discipulado numa época em que todos estavam lutando para definir qual igreja e credo eram certos.

Proclamavam que seguir os ensinamentos e exemplo de Cristo era o que realmente importava. Como o próprio Jesus disse, em sua oração intercessória ao Pai, em

João 17, verso 17: "Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade."

A verdade de Deus existia para santificar os seres humanos, e torná-los santos. Então esses crentes tentavam cumprir o princípio de Cristo, de amar o próximo. Dividiam o que tinham com o próximo, com qualquer pessoa que precisasse. E muitos eram pacifistas, recusando-se a participar de guerras num momento em que todos derramavam sangue por causa de religião. Os anabatistas não queriam apenas uma reforma na igreja; eles queriam restaurá-la aos moldes do Novo Testamento, antes que tivesse se tornado rica, poderosa e corrupta.

Surgiram no século XVI e desejavam uma reforma radical da religião. Como resultado, foram perseguidos tanto por católicos como por protestantes. Em Amsterdã, muitos desses fiéis cristãos faziam seus cultos em segredo, por causa da opressão religiosa. Durante um quarto de século, os anabatistas foram assassinados aos milhares, em grande escala, pela igreja mãe.
Quando lemos sobre esses fiéis mártires, um aspecto se sobressai:
quase todos eram pessoas bem comuns, pessoas simples. Às vezes os grandes mártires da igreja parecem intimidar os cristãos comuns. Parecem gigantes da fé. Parecem ocupar um lugar separado, heróico, que poucos de nós poderiam alcançar.

Mas, vamos conhecer alguns cristãos que nunca entraram para os livros de História, pessoas cujos nomes quase ninguém reconhece, cidadãos de Amsterdã, que tinham vida bastante comum, mas eram piedosas. Pois são essas pessoas que nos demonstram como se desenvolve uma fé inabalável.

Veja, por exemplo, a história do barqueiro Pieter Beckjen. Ele ganhava a vida levando pessoas e produtos pelo Rio Amstel. Às vezes, ele navegava pelos canais de Amsterdã com irmãos de fé, para que pudessem adorar a Deus secretamente. Quando Pieter e sua esposa tiveram o primeiro filho, o casal tentou manter o bebê escondido para que não fossem obrigados a batizá-lo na igreja do estado.

Mas os vizinhos eventualmente os delataram às autoridades. Pieter foi julgado, condenado por "crimes contra a majestade divina e secular, e por perturbar a paz," e foi condenado a "ser executado com fogo, e todas as suas propriedades foram confiscadas." Eles torturaram este fiel barqueiro, num último e perverso esforço de mudar suas idéias. Mas sua fé era inabalável. Pieter foi queimado em janeiro de 1569.

Um de seus amigos, Willem Janss, ouviu falar na condenação e veio o mais rápido que pôde de sua cidade para dar-lhe um pouco de ânimo. Quando chegou ao portão de Amsterdã, o portão da cidade já fora cerrado. Willem teve que subornar o porteiro para poder entrar. Ele correu ao local da execução e chegou no momento que Pieter estava sendo levado para a fogueira.

Willem gritou, sem medo: "Tenha coragem, querido irmão." As autoridades imediatamente o prenderam e o jogaram na prisão. E, por estas poucas palavras de ânimo, Willem foi torturado brutalmente em duas ocasiões. Mas não se dispôs a abrir mão da fé que compartilhava com o irmão Pieter. E Willem foi queimado vivo duas semanas mais tarde, no mesmo lugar.

Outro cristão preso por sua fé, Dirk Williamzoon conseguiu fugir da cadeia municipal. Mas foi perseguido pelo intendente e sua guarda. Dirk chegou à margem de um rio. O inverno estava começando e a água estava começando a congelar. Ele pisou sobre o gelo cuidadosamente, e andou o mais rápido que pôde até o outro lado. Entretanto, antes de chegar à margem, seus perseguidores chegaram à margem do rio. O intendente ordenou que um de seus soldados fosse atrás de Dirk. Mas este homem acabou quebrando o gelo e começou a debater-se na água.


Dirk ouviu seus gritos, e olhou para trás. Ninguém estava fazendo nada para ajudá-lo. Pelo jeito, o homem morreria afogado. Dirk sabia que isto significava que ele poderia fugir. Mas ele virou-se, caminhou com cuidado até o seu inimigo e tirou-o da água gelada. Dirk também ajudou-o a chegar em terra firme.

Por incrível que pareça, o intendente não foi tocado por esta demonstração de amor e coragem, e ordenou que o soldado molhado prendesse o herege. Dirk Williamzoon foi levado de volta à prisão, julgado e morto na fogueira.

Um jovem marinheiro chamado Gerrit Corneliss estava trabalhando numa balsa quando as autoridades o prenderam. Levado à prefeitura, ele foi interrogado e foi-lhe dito que deveria abrir mão de sua crença no Novo Testamento. Gerrit recusou-se. E recusou-se a dar-lhes informações que os levassem a encontrar e prender seus irmãos. Então eles usaram uma terrível forma de persuasão. Seus olhos foram vendados, amarrado pelas mãos e deixado suspenso por longos períodos de tempo. Bateram-lhe com varas. Foi torturado várias vezes no cavalete. Foi queimado com velas. Estas eram as formas medonhas de persuasão religiosa usadas naquela época.

Os torturadores ameaçaram continuar até que ele desistisse. Mas Gerrit permaneceu em silêncio. Conta-se que ele agradeceu a Deus por manter seus lábios cerrados. Quando o levaram para ser queimado, tiveram que carregá-lo numa cadeira, porque ele não podia mais andar. Ao chegar à fogueira, esse marinheiro finalmente abriu a boca. Mas foi apenas para orar fervorosamente.

"Pai e Senhor, tenha piedade de mim... Tu conheces meu amor por Ti. Tu conheces, Pai, meu simples amor; aceita-me e perdoa aqueles que me infligem tanto sofrimento.

" Gerrit morreu em março de 1569.

Depois houve Clement Hendrickss, um jovem fabricante de velas para barcos, preso em Amsterdã por suas crenças anabatistas. Era tão novo na fé, que ainda não tivera tempo de ser batizado. Mas quando as autoridades ameaçaram-no do pior, Clement apegou-se a sua fé com incrível coragem. Acabou falando sob tortura.

A dor era tão forte que Clement deu o nome de quatro irmãos na fé. Mas pelo menos deu o nome de quatro que não estavam na cidade. A despeito de terríveis crueldades, Clement não desistiu de sua fé. Quando um padre chegou para ouvir sua ultima confissão, Clement disse polidamente que não desejava confessar-se já que o padre não podia perdoar. "A melhor confissão," disse ele, "é confessar diretamente a meu Deus." Clement morreu queimado em março de 1569.


 Dirk, Gerrit e Clement, estes são mártires menos conhecidos, os mártires desconhecidos. Pessoas que não pareciam ter uma posição de destaque no mundo, pessoas que só estavam tentando ganhar a vida em paz, e cuidar da família.

Um barqueiro chamado Dirk.

Um marinheiro chamado Gerrit.

Um fabricante de velas chamado Clement.

Como a maioria dos cidadãos de Amsterdã, eles ganhavam a vida no mar, nos rios e nos canais. E havia mulheres também. Mulheres que suportaram até mesmo a tortura. Mulheres com nomes comuns como Annaken, Janneken e Úrsula.

O que tornou a fé desses cidadãos comuns de Amsterdã tão incrivelmente inabalável?

Esta é uma pergunta para nós, hoje. O que os tornou tão firmes nos piores momentos? Podemos entender um pouco quando examinamos os relatórios mantidos na prefeitura de Amsterdã que voce pode fazer uma busca no google.

 Os decretos do tribunal, os interrogatórios e as sentenças de morte. Algumas das cartas que eles conseguiram escrever na prisão também foram preservadas até hoje. Quando juntamos estas informações, uma certa qualidade começa a sobressair. Uma certa perspectiva parece salientar-se. Esta é, creio eu, o primeiro elemento que torna uma fé inabalável. É o primeiro ingrediente daquela força interior que faz com que as pessoas fiquem firmes nos piores momentos.

Estas pessoas tão comuns de Amsterdã estavam completamente cheias de uma esperança incomum.

Um homem chamado Dirk Pieters, que esperava sua execução na prisão, escreveu uma emocionante carta de conforto a alguém que ele chamou de "minha mais cara irmã e esposa, Wellemoet." Ele tentou passar a esperança que enchia seu coração para ela. Citou estas palavras de Cristo, em João 16, verso 22:

 "Assim também agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar." Esse homem ajudou sua mulher a concentrar-se na alegria futura de estarem reunidos na presença de Cristo. Ele escreveu:


"Eu a admoesto... minha amada... vamos nos aproximar com coração sincero, cheio da certeza da fé... Confio você a Deus.

" Dirk lutou contra a angústia. Ele não permitiu que as circunstâncias o acabrunhassem. E citou as palavras animadoras de Paulo em Romanos 8, versos 35 e 37:

"Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.

" Dirk estava olhando para as realidades eternas. Olhou para além das grades e paredes da prisão.

Foi capaz de afirmar que absolutamente nada, nem a vida, nem a morte, nem qualquer coisa da criação poderia separar o crente do amor de Deus em Cristo. Isto foi o que Dirk conseguiu escrever em seus momentos mais sombrios.

Foi isto que compartilhou com Wellemoet, a pessoa que mais amava. Vemos esta excepcional esperança num jovem fabricante de velas chamado Clement, cruelmente torturado por sua fé. Ela resplandece claramente nas cartas que escreveu a seus familiares antes de morrer. Clement descobriu o que chamava de "maravilhoso consolo" nas palavras de Paulo em I Coríntios dois, verso 9:

"... nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam." Clement escreveu de um "peso de glória acima de toda comparação," que espera todos os que olharem para as coisas que são eternas. (II Coríntios 4 versos 16 e 17). Ele disse,

 "nossa morte não é nada menos que uma introdução à vida eterna, para reinar com Deus e Cristo... desejamos e ansiamos tanto pela vinda de nosso Senhor nas nuvens, para que sejamos elevados até as nuvens junto dEle, e nos tornemos como Ele." Clement terminou sua quarta carta com estas palavras: "Meus queridos pai e mãe, vou lhes dizer adeus, caso seja da vontade de Deus, até a volta de nosso Senhor. A paz do Senhor esteja com vocês para sempre." Estas são as palavras de um jovem que tinha o corpo dilacerado, mas o espírito continuava vivo.

Estava totalmente repleto de uma esperança incomum. A esperança da volta do Senhor Jesus Cristo. Demonstrou que sua fé era inabalável, inamovível, eterna. Os indivíduos que morreram tão corajosamente na Holanda eram pessoas comuns, mas cheias de uma esperança incomum. Foi por isto que não se dobraram diante da dor e angústia que sofreram. Tinham uma visão maior, mais ampla, mais nobre do mundo. Não é que eles tivessem fechado os olhos às coisas ruins que lhes estavam acontecendo.
Não é que tenham ignorado tudo na terra, e pensassem apenas no céu. Não, eles olhavam para além dos inimigos e viam o amor de Deus. Olhavam para além da perseguição e viam o rosto de Cristo. Olhavam para além das fogueiras e viam Seu grande sacrifício.

Amigos, uma fé inabalável é uma questão de perspectiva. A fé de muitos parece falhar justamente por esta razão. Sua fé está firmada apenas no presente. Se o sol estiver brilhando e os pássaros cantando, então Deus os ama. Mas assim que as nuvens encobrem a luz e chegam os trovões, Deus parece estar distante. Temos que superar este tipo superficial de fé. E podemos fazer isto, não fechando os nossos olhos para o que acontece ao nosso redor, mas apenas tendo uma visão mais ampla do mundo, visão de longo prazo.

Precisamos tentar olhar para nossa vida a partir da perspectiva da eternidade. Os planos de Deus são muito maiores e mais fortes que os obstáculos que encontramos todos os dias. Seu amor é maior que as irritações que nos perturbam. Precisamos basear nossa vida nos aspectos eternos e imutáveis de Deus e não apenas nos sentimentos do momento, amigo. É isto que nos enche de esperança. Este é o elemento essencial à fé inabalável.

amigo, você pode não estar na prisão neste momento, pode não estar enfrentando um martírio. Mas você pode estar passando por problemas esmagadores. Talvez uma doença grave. Talvez o vício das drogas ou do álcool. Talvez seus filhos estejam com problemas. Sua vida pode parecer uma prisão. Ou você ainda pode estar lutando contra as coisas terríveis que lhe aconteceram na infância.

Mas ouça, você não precisa ficar nestas prisões. Você pode olhar para além delas. Há esperança para você. Há esperança na perspectiva da eternidade. O ponto de vista de Deus lhe mostrará o caminho. O ponto de vista de Deus cria as soluções. Então, por favor, envolva-se agora na esperança viva que Jesus lhe traz hoje.

Como está sua fé hoje? Como está sua esperança hoje? Será que ela aumenta e diminui de acordo com as circunstâncias? Está presente hoje, e amanhã já sumiu?

Precisamos nos segurar a algo firme, para podermos ter a segurança de uma fé inabalável. Precisamos basear nossa vida nas coisas que são eternas. Tudo é uma questão de perspectiva. É isto que capacita pessoas comuns a permanecerem firmes nos piores momentos. Vamos decidir agora mesmo a desenvolver a esperança que animou Clement, Dirk e Gerrit.

Vamos decidir olhar para além do momento presente, para o futuro prometido por Deus. Dirk, Clement e Gerrit olharam para além de suas celas de prisão. Olharam para além das correntes e das grades. Olharam para além da fogueira ardente. Olharam para além das nuvens e céus, para o trono de Deus e para a eternidade.
A fé deles era inabalável porque viram o poder de Deus. Viram a eternidade. Viram a recompensa que havia no final do caminho. Você pode olhar para além de suas lágrimas, além das desilusões, além das mágoas, além da tristeza. Você pode olhar para o trono de Deus e vê-Lo com Seus braços estendidos. Pode ver Deus convidando-o a ir até Ele. Você pode ver a recompensa no final do caminho. Pode olhar para a eternidade. 

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